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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

FOTOS REVELAM A VIDA DUPLA DOS PRATICANTES DE BDSM

 

Forest McMullin passou uma parte significativa de sua carreira de fotógrafo registrando o que ele chama de “grupos sociais marginais”. Com sua câmera, ele oferece um olhar íntimo de vidas de presos de Nova York a membros de grupos religiosos supremacistas da Pensilvânia, sublinhando — com uma lente de documentarista — algum fragmentos muitas vezes não vistos da sociedade americana.
É o caso de sua série “Dia e Noite”. Nela, o fotógrafo baseado em Atlanta captura retratos de homens e mulheres que têm vidas duplas. Durante o dia, são mães e empresários do sul que levam vidas “normais” — ou, pelo menos, vidas publicamente aceitáveis, que se conformam às normas sociais construídas. À noite, entretanto, os sujeitos de McMullin são defensores convictos do BDSM (sigla em inglês para bondage, disciplina, sadismo e masoquismo). São swingers, dominatrixes e mestres de masmorras que quebram tabus sexuais com prazer.
 
 
daynight

 
O projeto começou não muito depois de McMullin se mudar de Nova York para a Geórgia. Depois de alguns meses morando em Atlanta, ele deparou com um artigo no jornal local descrevendo uma mulher de 30 e poucos anos que frequentava um clube de swing com o marido. Chocado com o quão “normal” ela parecia, e com o quão fora do lugar esse comportamento progressista parecia no conservador Sul dos Estados Unidos, ele decidiu investigar. Logo descobriu que não só os clubes de swing são populares na Georgia, mas também as “masmorras” de bondage.
“Comecei a pensar em tentar fotografar os homens e mulheres envolvidos com esses clubes”, explicou McMullin. “Entrei em contato com o dono e operador da maior masmorra de Atlanta, e ela me convidou para um encontro no clube dela. Mostrei alguns dos meus trabalhos e ela concordou em me receber novamente quando o clube estivesse aberto e em me apresentar para alguns dos frequentadores.”
A partir daí, ele conheceu e fotografou gente nova e velha, solteira e casada, com históricos educacionais e perfis econômicos variados. Não foi uma surpresa descobrir que a identidade BDSM era uma de várias identidades ou caras que se fundem para compor uma personalidade e uma pessoa.
“Há a cara do trabalho, a cara da família, a cara com os amigos, a com estranhos”, explica ele. “Talvez cada cara seja distinta como uma identidade separada. Para alguns, essas identidades são quase indistinguíveis entre si. Para outros, elas podem ser radicalmente diferentes.”
“Quando se trata de sexualidade, a discussão pode ficar muito mais complexa”, admite McMullin. “Podemos nos descrever como homens ou mulheres, héteros ou gays, bissexuais ou transgêneros. No fundo, esses descritivos podem definir, em algum grau, práticas sexuais. E essas práticas muitas vezes definem como nos enxergamos, como queremos que os outros nos enxerguem, e como escolhemos navegar o mundo. Elas estão no centro da nossa identidade e, ao mesmo tempo, são a expressão mais privada dessa identidade.”
Veja abaixo algumas das imagens da série de McMullin, uma coleção que desafia o espectador a contemplar o que considera normal. Deixe seus comentários e, se quiser conhecer mais do trabalho de McMullin, visite seu perfil no Lens Culture, aqui.
 

 
     

 
     

       
 
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